sexta-feira, 13 de novembro de 2009

De um perfil no orkut

Meus pais desconstruiram todos os paradigmas sociais, todos os protocolos e tradições pra que eu pudesse ser livre ao nascer. E assim eu fui: nasci livre em meio ao nada ideológico de protocolos derrubados. O que acontece com a gente quando não se tem uma paixão pra exercitar? Um inimigo pra odiar? Um muro pra derrubar?

Acho que o que acontece é que em meio a esse nada, a unica solução é resgatar os protocolos, valorizar as tradições e reconstruir as "prisões".

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Malo - Bebe

Apareciste una noche fría
con olor a tabaco sucio y a ginebra
el miedo ya me recorría
miestras cruzaba los deditos tras la puerta
Tu carita de niño guapo
Se la ha ido comiendo el tiempo
Por tus venas
Y tu inseguridad machita
Se refleja cada día en mis lagrimitas.

Una vez más no por favor
Que estoy cansa' y no puedo con el corazón
Una vez más no mi amor por favor
No grites que los niños duermen.
Una vez más no por favor
Que estoy cansa' y no puedo con el corazón
Una vez más no mi amor por favor
No grites que los niños duermen.

Voy a volverme como el fuego
Voy a quemar tu puño de acero
Y del morao de mis mejillas
Saldrá el valor pa cobrarme las heridas.

Malo, malo, malo eres
No se daña a quien se quiere no
Tonto, tonto, tonto eres
No te pienses mejor que las mujeres
Malo, malo, malo eres
No se daña a quien se quiere no
Tonto, tonto, tonto eres
No te pienses mejor que las mujeres

El día es gris cuando tu estás
Y el sol vuelve a salir cuando te vas
Y la penita de mi corazón
Yo me la tengo que tragar con el fogón

Mi carita de niña linda
Se ha ido envejeciendo en el silencio
Cada vez que me dices puta
Se hace tu cerebro más pequeño

Una vez más no por favor
Que estoy cansa' y no puedo con el corazón
Una vez más no mi amor por favor
No grites que los niños duermen.
Una vez más no por favor
Que estoy cansa' y no puedo con el corazón
Una vez más no mi amor por favor
No grites que los niños duermen.

Voy a volverme como el fuego
Voy a quemar tu puño de acero
Y del morao de mis mejillas
Saldrá el valor pa cobrarme las heridas.

Malo, malo, malo eres
No se daña a quien se quiere no
Tonto, tonto, tonto eres
No te pienses mejor que las mujeres
Malo, malo, malo eres
No se daña a quien se quiere no
Tonto, tonto, tonto eres
No te pienses mejor que las mujeres

Voy a volverme como el fuego
Voy a quemar tu puño de acero
Y del morao de mis mejillas
Saldrá el valor pa cobrarme las heridas.

Malo, malo, malo eres
No se daña a quien se quiere no
Tonto, tonto, tonto eres
No te pienses mejor que las mujeres
Malo, malo, malo eres
No se daña a quien se quiere no
Tonto, tonto, tonto eres
No te pienses mejor que las mujeres

Malo, malo, malo eres
Malo eres porque quiere
Malo, malo, malo eres
No me chilles que me duele
Eres débil y eres malo
Y no te pienses mejor que yo ni que nadie
Y ahora yo me fumo un cigarrito
Y te echo el humo en el corazoncito

Porque malo, malo, malo eres tu
Malo, malo, malo eres si
Malo, malo, malo eres siempre
Malo, malo, malo eres.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Cruz na porta da tabacaria - Fernando Pessoa

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Gerações

do blog Vagabundos Iluminados que descobri no blog do Mauro Bedaque, meu preferido do site da MTV.

Já faz um tempo, numa entrevista de um diretor de teatro no programa Provocações, da TV Cultura, o apresentador Antônio Abujamra fez um comentário mais ou menos nessas palavras: “O pior é saber que nós, nas nossas idades, ainda somos os mais modernos. Onde está a juventude para nos contestar, para nos desrespeitar, para nos mostrar que estamos errados?”.

Sempre fui um defensor da minha geração. Nunca admiti que um velho falasse que a juventude de hoje é isso ou aquilo, que é alienada, despolitizada. Que moral têm os velhos para falar de nós, jovens? Quais eram os seus desafios e quais são os nossos? Se existe uma coisa que odeio é aquele papo de velho ao estilo “meu jovem, ouça a voz da experiência...”.

Essa tal “voz da experiência” é um câncer do qual a sociedade tem que se curar o quanto antes.

É impressionante ver como nossos pais realmente acham que mudaram o país e o mundo. Falam de Woodstock, da revolução sexual, da luta contra a ditadura. Acham que a vida antes era mais difícil. Coitados... Não sabem nada do hoje, e ainda querem nos dar conselhos.

A liberdade sexual está aí, a ditadura se foi, e o mundo da Guerra Fria fala na irreversibilidade da globalização. E nós, como estamos? Temos tudo e nada ao mesmo tempo.

Os que dizem que a vida dos jovens hoje é mais fácil não têm idéia do que é viver sem causa, numa época que não pensa, que não reflete. Faço parte da juventude mais revolucionária de todos os tempos, mas que não tem inimigo. Não sabemos contra o que lutar. Vivemos na era da descrença: as religiões são uma farsa; a política, uma hipocrisia; e os sonhos, ilusões. Isso é que a juventude pensa, e de forma cada vez mais individualista.

Deve ser muito bom acreditar que é possível mudar o mundo, mesmo que o preço disso seja um pouco de ingenuidade. Somos, no entanto, os filhos da razão: céticos, perdidos e sedentos de fé.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Martha Medeiros

a juíza das minhas loucuras
é severa demais pra me inocentar

não cobra depoimentos
nem sopra os ferimentos da tortura

simplesmente decreta pra minha culpa
prisão domiciliar

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Coisa tua

(Waltel Branco e Alice Ruiz)

assim que vi você
logo vi que ia dar coisa
coisa feita pra durar,
batendo duro no peito
até eu acabar virando
alguma coisa
parecida com você
parecia ter saído
de alguma lembrança antiga
que eu nunca tinha vivido,
mas ia viver um dia
alguma coisa perdida
que eu nunca tinha tido
alguma voz amiga
esquecida no meu ouvido
agora não tem mais jeito,
carrego você no peito
poema na camiseta
com a tua assinatura
já nem sei se é você mesmo
ou se sou eu que virei alguma coisa tua

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009